domingo, 23 de dezembro de 2012

O enfrentamento ao consumo de álcool por crianças e adolescentes é tema de audiência pública na Câmara Municipal de João Pessoa.

A vereadora divulgou alguns números, como a pesquisa realizada com mil adolescentes, que constatou que 90% deles conseguem comprar bebidas alcoólicas em todo o país.

A vereadora Eliza Virgínia (PSDB) realizou, na manhã desta quinta-feira (20) no Plenário da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), audiência pública sobre o “enfrentamento ao consumo de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes e a modificação legislativa por meio de iniciativa popular”

Eliza apresentou, através de vídeos, sua justificativa, que teve como base a luta em favor da vida e contra a disseminação das bebidas alcoólicas na vida da juventude brasileira. “Há um tempo me preocupava com ‘como e por que’ se vende um produto que mata, e que sempre é vendido através de certo ‘glamour’, para dar a impressão de que se é ‘descolado’, para se enturmar. No entanto, sabemos que o álcool é o principal elemento da violência doméstica, no trânsito e entre amigos”, alertou a vereadora.

A vereadora divulgou alguns números, como a pesquisa realizada com mil adolescentes, que constatou que 90% deles conseguem comprar bebidas alcoólicas em todo o país; que 6% das bebidas alcoólicas consumidas no Brasil são por jovens entre 12 e 18 anos; e que, das 60 mil mortes ocorridas no trânsito, a grande maioria é devida à ingestão de alguma bebida alcoólica.

A audiência pública contou com a presença do Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagoto; do pastor Estevam Fernandes, da Primeira Igreja Batista; da representante da Secretaria de Desenvolvimento Humano, Carmem Lúcia; a diretora do Centro de Atividades Especiais, Helena Holanda; pastor Diógenes, da Assembleia de Deus de Tambaú; os vereadores Tavinho Santos (PTB), Sérgio da SAC (PSL) e Bruno Farias (PPS); e o vereador eleito Santino (PT do B); além de familiares de vítimas de acidentes de trânsito de grande repercussão na cidade, Nina Ramalho (Família Ramalho) e Carol Lopes (filha da procuradora Fátima Lopes).

Dom Aldo Pagoto fez uma reflexão sobre a droga ser uma fuga que serpenteia entre a sensação nervosa de bem estar e a tentativa de ser um lenitivo dos problemas sociais, que se fortalece na falta de limites e na tendência ao excesso. Ele enfatizou que a mistura de bebida alcoólica com direção não dá certo, e cobrou “mais punições severas e multas salgadas”.

Por sua vez, o pastor Estevam pediu um minuto de silêncio pelas vítimas do álcool, e garantiu a adesão da Associação dos Pastores Paraibanos à campanha da vereadora, que pretende recolher assinaturas para coibir a venda de bebidas alcoólicas para crianças e adolescentes.

O vereador Sérgio da SAC lembrou que o alcoolismo é uma doença incurável, que merece a atenção da sociedade. Ele ainda firmou: “ninguém vai conseguir combater o álcool porque esta é uma industria muito poderosa. As campanhas institucionais são muito fracas, elas precisam ser mais parecidas com as do tabaco (cigarro)”.

Já o vereador Bruno falou que o álcool e a direção formam uma mistura explosiva, mas aproveitou para lembrar da “Lei Seca”, da severidade no tratamento do assunto e da fiscalização que tem sido efetivada em João Pessoa com diversas blitzes. “Mas, esse conjunto de ações não terá efeito se na prática as campanhas educativas não embasá-las. As campanhas publicitárias das bebidas alcoólicas são das mais atrozes, porque apostam na juventude, sempre com apelo para a sensualidade, como não se vê em nenhum outro país”, afirmou.

Nina Ramalho e Carol Lopes lembraram o sofrimento de suas famílias, e falaram sobre a transformação da dor em luta pela justiça, para que outra famílias não passem o mesmo que elas. Kátia Costa falou do projeto “Amigos da Vida”, que consiste em orientações e distribuição de panfletos e “pulseiras para os jovens que curtem a noite e se dispõem a ficar sem beber para levar toda a turma de volta para casa”. Ela ainda rebateu críticas que ouviu sobre o projeto que afirmavam que os que ficavam sem beber eram manes: “quem preserva a vida nunca poderá ser considerado um mané”. Já Carmem Lúcia garantiu que a Secretaria está pronta para disseminar a prática da valorização da vida.

Damião Rodrigues
Publicado em: 21/12/2012 às 07h59

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Pesquisa revela o comportamento dos jovens em relação ao álcool e drogas, Internet, violência e sexo



Pesquisa “Nós, jovens Brasileiros 2012”, oitava edição do projeto desenvolvido pelo Portal Educacional, contou com a participação de quase 3,5 mil estudantes em todo o Brasil e revela jovens conscientes, mas ainda com muitos aspectos a serem melhorados                                                                        Fonte: Assessoria 

Como o jovem brasileiro está se relacionando com os riscos no sexo, no uso de álcool e drogas, na Internet e nas diversas formas de violência? Estes foram os temas da oitava edição do projeto “Este jovem brasileiro”, desenvolvido pelo Portal Educacional (www.educacional.com.br) para entender os pontos de vista e o comportamento dos adolescentes. Em 2012, 3438 alunos da 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e Ensino Médio (13 a 17 anos) de 61 escolas particulares de todo o País responderam anonimamente à pesquisa, e o resultado geral mostra que os jovens estão mais conscientes, mas há muitos aspectos que podem ser melhorados.

A novidade da edição 2012, “Nós, jovens brasileiros”, foi que os estudantes foram envolvidos desde a primeira etapa do projeto, elaborando as perguntas para o questionário da pesquisa. Na fase sucessiva, os alunos analisaram e interpretaram os dados, que depois foram comentados pelo Dr Jairo Bouer, médico especializado em psiquiatria e sexualidade e parceiro do projeto.

“Muito legal perceber que a galera elaborou perguntas de alto nível, coerentes com o que o próprio jovem quer saber sobre sexualidade, violência, internet e álcool e drogas. É só encarando essas questões que conseguimos entender melhor o que estamos fazendo em relação a elas e qual a melhor forma de tomar atitudes mais conscientes e seguras”, comenta Bouer.
O primeiro tema foi o consumo de álcool e drogas. Entre os entrevistados, 72% dos participantes já beberam pelo menos uma vez e que quase 9% o fazem com freqüência. Apesar da proibição por lei, 62% responderam já ter freqüentado locais que vendem bebidas para menores. Quanto às drogas, quase 34% relataram que amigos e conhecidos já lhe ofereceram 9% já usaram, 6% tem inclinação a experimentar e 85% disseram não ter vontade de fazê-lo.
Para evitar a exposição e o consumo de bebidas e drogas, a maior parte dos jovens acredita em campanhas de conscientização e leis mais rigorosas. Eles também apontam soluções como evitar veiculação na mídia e oferecer oportunidades de trabalho e estudo para que os jovens não sejam levados a traficar. Perguntados sobre a legalização da maconha, 45% acha viável, com a ressalva que metade só aprovaria para uso médico, enquanto 55% não considera esta uma alternativa factível.
Quando se trata de usar a Internet, a pesquisa mostra que embora a maioria dos entrevistados seja bastante cuidadosa, uma parcela significativa tem comportamentos que comportam riscos, e que fenômenos como dependência e perda de controle sobre o tempo de uso são cada vez mais comuns.
Cerca de metade dos jovens diz usar a Internet de duas a quatro horas por dia, enquanto 23% passam mais de cinco horas por dia navegando, e embora a maioria ache que é possível fazer uso da internet sem que ela afete a vida social, 32% acreditam que afete seu período de sono. A maior parte dos entrevistados respondeu que seus pais não controlam seu uso da rede e não têm conhecimento sobre todo o conteúdo acessado, e 8% disseram gastar seu dinheiro na rede sem autorização dos pais.
A exposição de imagem na Web é um ponto que merece mais atenção. Quase 20% dos entrevistados disseram que mandariam fotos para pessoas que conheceram na internet; 6% deles já apareceram nus ou seminus em fotos na rede; 6% já mostraram partes íntimas do seu corpo para desconhecidos por meio de webcam e outros 3% já pensaram em exibir-se dessa forma, mas não puseram isso em prática. Além disso, quase 14% já passaram informações pessoais em sites de bate-papo.
Os resultados também comprovam que a Internet se tornou definitivamente um ponto de encontro para os jovens: 28% já encontraram na vida real pessoas que conheceram na rede, e outros 20% já tiveram envolvimento amoroso via Internet. Cerca de metade não conhece pessoalmente todos os seus contatos das redes sociais. Um dado que merece atenção é que 20% deles já criaram perfis falsos para conhecer gente ou bisbilhotar na rede. Um quarto dos entrevistados já praticou bullying virtual e 12% já foram vítimas disso.
A pesquisa aponta que a violência está bastante presente na vida dos jovens, e que seus principais motores são a influência dos amigos e a infelicidade pessoal. Entre os entrevistados, 18% já sofreram algum tipo de violência em casa e 54% relataram que seus pais batiam ou ainda batem neles, enquanto 23% diz já ter sofrido algum tipo de violência na escola – com o bullying e brincadeiras inadequadas dos amigos sendo indicados como principais causas.
A agressividade é apontada por 10% dos participantes como forma de ajudar a resolver problemas, e 46% deles acham que, dependendo da situação, ela pode ser necessária. Mais da metade (52%) já cometeu atos de violência, a maior parte deles, raramente ou em uma única situação. Os principais motivos alegados foram provocações repetidas, ofensas e ameaças, nesta ordem.
Em relação ao bullying, 48% dos jovens afirmaram que se o sofressem contariam para pais ou responsáveis, 21% deles pediriam ajuda dos amigos e 22% revidariam a agressão. Questionados sobre o preconceito e a violência contra os homossexuais, embora 90% não concordem, 10% dos entrevistados acham que cada um tem direito a ter o preconceito que quiser. Em relação à violência sexual, a pesquisa revela que 18% conhecem alguém que já sofreu violência sexual, e 1% diz já ter sido vítima.
Um dado preocupante que vem à tona é que quase 15% dos jovens que concederam entrevista já cometeram algum tipo de autoagressão (automutilação, cortes propositais e vômitos provocados), enquanto 7% já pensaram em fazê-lo – um padrão de comportamento que pode estar ligado a quadros de depressão e de maior risco de tentativa de suicídio e que indica necessidade de ajuda especializada.
O quarto tema abordado foi sexualidade. Quase um terço dos entrevistados (32%) acha que “sexo é só sexo mesmo”, feito por prazer, e 46% consideram que o ato tem relação com amor. A maioria dos jovens dizem não ter feito sexo (77%), e entre os 23% que já fizeram, o pico é entre 14 e 16 anos. A maior parte não faria sexo logo no primeiro encontro, mas 27% admitem essa possibilidade. Quase 9% disseram ter já praticado sexo virtual.
A maior parte dos jovens tem vergonha de falar com os pais sobre o sexo, e só 26% contariam a eles que o fizeram. Apesar disso, os pais e familiares continuam sendo as principais fontes de informação, e depois, os amigos.
Entre os jovens que já fizeram sexo, a maioria diz usar camisinha sempre, mas alguns afirmam que não usam sempre “porque incomoda”, e outros admitem que não usam nunca. Em caso de gravidez, 80% dos jovens revelaram que recorreriam à ajuda dos pais, e 10% disseram que fariam aborto. Quanto à orientação sexual, 5% dos jovens já ficaram indecisos. Questionados sobre o que fariam em caso de abuso sexual, 95% dos entrevistados responderam que tomariam algum tipo de atitude, como procurar e polícia, fazer algo contra o agressor ou, ainda, buscar ajuda psicológica e médica. No entanto, 5% ficariam calados, por medo ou vergonha.
O projeto “Este Jovem Brasileiro” é realizado pelo Portal Educacional desde 2006, fornecendo dados que ajudam as escolas a entender melhor seus alunos e a trabalhar temas fundamentais para essa geração. Nas sete edições anteriores, mais de 80 mil estudantes de todo o Brasil já estiveram envolvidos, ajudando a traçar o perfil do jovem brasileiro com relação a temas como comportamento de risco, valores e atitudes, relações familiares, sexualidade, álcool, relação com a Internet e saúde.

Em 05 de dezembro de 2012

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Prefeitura apóia caminhada contra as drogas nesta sexta 30 de novembro de 2012


“Criança que tem seus direitos garantidos fica fora das drogas!”. Esse é o tema da quarta caminhada promovida pelo projeto Beira da Linha, nesta sexta-feira (30). O evento, que conta com o apoio da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria de Educação e Cultura (SEDEC), está previsto para iniciar às 15h, com concentração no Centro Esportivo Chievo (Rua João Felix, 10, Alto do Mateus).
A saída será a partir das 16h, com percurso pela avenida principal do Alto do Mateus e terminando na Praça das Mangueiras. A caminhada faz parte da campanha lançada no início deste ano, cujo tema é “Criança que tem seus direitos garantidos fica fora das drogas!”. O objetivo é encontrar soluções para a situação de exclusão e violação dos direitos humanos.
O projeto – O Projeto Beira da Linha é fruto de um programa da Instituição Católica Italiana Pia Sociedade de Padre Nicola Mazza, que veio para o Brasil em 1978 e se instalou na região Nordeste com a finalidade de dar atenção e ajuda às camadas mais carentes da população.
Na Paraíba, as atividades foram iniciadas em 1989, com o trabalho de religiosos italianos. Unidos a jovens universitários brasileiros, eles desenvolveram estudos acerca da realidade social local durante dez anos. A partir daí, foram criadas condições para promover uma intervenção orgânica de forte impacto social, trabalhando, sobretudo, no âmbito educativo.
Os resultados levaram a criação de um projeto educacional na periferia de João Pessoa, especificamente no bairro Alto do Mateus, que tomou o nome da área onde ele se estabeleceu na extremidade mais socialmente vulnerável do bairro: a margem da linha do trem. Por isso a denominação de Projeto Beira da Linha.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

REUNIÃO ORDINÁRIA DO COMAD CONTOU COM A PRESENÇA DO VEREADOR RAONI MENDES

Os Conselheiros do COMAD realizaram sua 57ª Reunião ordinária, nesta 5ª feira (22/11/2012) para definir o calendário das atividades do Conselho para o ano de 2013 e, contaram com a presença do Vereador Raoni Mendes, que se comprometeu em enviar um técnico para ajudar na elaboração do Projeto das ações a serem desenvolvidas em 2013, pelas instituições que compõem este Conselho, como também, ajudará na indicação de 02 representantes (Titular e Suplente) para representar a Câmara Municipal, como instituição governamental que compõe este Conselho, que poderá ser o próprio vereador como suplente, ja que ele defende a causa e, sugerindo um outro como titular; a Câmara é representada pelo Vereador Geraldo Amorim desde a criação do Conselho, mas ele encerrará seu mandato na Câmara este ano, por isso não mais a representará.

Beber socialmente pode levar ao alcoolismo, diz pesquisa.

MICHELLE ACHKAR


Desfrutar de uma bebidinha no fim do dia pode não ser hábito tão inofensivo. Segundo cientistas, uma taça ou copo por dia pode levar ao alcoolismo. Mas isso apenas em pessoas que têm perfis cerebrais específicos e, na maioria das vezes, também está ligado ao estresse. As informações são da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e apontam que a combinação entre o desejo por prazer e baixa sensação de risco pode levar a problemas com consumo de álcool no futuro.

Duzentos voluntários, estudantes universitários, foram submetidos a exames de ressonância magnética para análise da área relacionada à sensação de recompensa. Os que demonstraram buscar satisfação imediata também revelaram menor noção em relação aos riscos do consumo de bebidas alcoólicas e propensos a beber mais. Muitos voluntários lidavam com problemas como notas baixas nas provas e brigas no relacionamento, mas o estresse gerado por situações assim isoladamente não se mostrou relevante para incentivar o hábito da bebida.
O psicólogo da universidade, Ahmad Hariri, usou uma analogia para explicar como o cérebro funciona. "Imagine um rato em frente a uma ratoeira com queijo. O desejo pelo queijo combinado a pouco medo da armadilha levam à morte certa", explicou ao jornal Daily Mail.
Segundo os pesquisadores, as descobertas podem ajudar aqueles que tendem ao uso de substâncias levam à dependência quando em situações de estresse. A ideia é intervir antes que o problema se estabeleça quando o quadro for detectado.